Notícia no Jornal diariOnline - Região Sul (Dezembro 2016)
Rastos de Jornada - Exposição de Fotografia de Paula Ferro
Rastos de Jornada - Exposição de Fotografia de Paula Ferro
“Rastos de Jornada” é uma
exposição de fotografia que vai estar patente ao público no Arquivo Histórico
Municipal A. Rosa Mendes, em Vila real de Sto António, entre dia 5 e dia 30 de
dezembro.
“Rastos de Jornada expressa
uma linha do percurso que tenho vindo a fazer”, explica Paula Ferro, “contém fotografias
dos momentos mais significativos dos últimos dez anos de jornada do meu olhar
fotográfico.”
A exploração das sombras e
da água transporta-nos para um misto de espiritualidade e poesia onde o
silêncio conta estórias de intimidade e sonho. Momentos de paisagem que
sobressaltam e a cidade surpreendida na pluralidade de mundos que se conjugam
num só instante.
No Arquivo Histórico
Municipal de Vila Real de Sto António, a partir de dia 5 de Dezembro, das 09:30
às 13:00 e das 14:00 às 16:45 horas, de segunda a sexta.
Percurso de Paula Ferro
Paula Ferro nasceu em Lisboa
em 1960. Licenciou-se em Filosofia, em Coimbra (1984) e pouco depois começou a
frequentar a Ar.Co. em diversas áreas e onde, em 2009, chegou a ser modelo performativo em aulas de desenho com Armanda Duarte.
Fez outras formações em áreas como desenho, pintura,
fotografia, gravura, escultura e teatro.
Em 1993 expõe pela primeira
vez, desenho e pintura. Em 1998 começa a expor também fotografia integrada em
projetos de escolas onde lecionou. Seguiram-se locais como Leões de Tavira,
RefCafé, Casa das Artes de Tavira, e Galeria Artina, entre outros.
Em 2005 adquire a carteira
de jornalista e trabalha no Postal do Algarve em jornalismo de cultura com
especialização em artes plásticas, até 2010.
Em 2006 foca-se na
fotografia como expressão artística privilegiada e explora sobretudo sombras e reflexos
na água. Expõe em locais como a Sociedade Recreativa Olhanense e o Catita &
Companhia, em Olhão, a Quinta da Calma, em Almancil, a Casa da Cultura de Loulé
e o IPJ, em Faro, entre outros locais do Algarve. É também neste ano que o seu
trabalho começa a ser apresentado noutros pontos do país como a Galeria
Queiroza, em Arcos de Valdevez.
Faz o curso de “Iniciação à
Fotografia Jornalística” (Cenjor e Ar.Co) e o Curso de Escrita Jornalística” (Cenjor).
Em 2008 participa em
“Geografias Variáveis” no Palácio da Galeria, em Tavira, expõe no “Teatro del
Mar”, em Punta Umbria e no Centro de Arte Contemporânea de Alfragide e termina
“Pingado de Fresco”, um livro de poesia que ainda está por publicar.
Em 2009 participa no workshop
“I Put a Spell on You” de Ana Borralho & João Galante e realiza o curso de
Jornalismo de Cultura (AGECAL com Cenjor e Câmara Municipal de Loulé).
.
Nessa altura, a nível da
fotografia artística, dedica-se ao estudo dos lagos da Biblioteca Municipal
Álvaro de Campos, onde explora o sentir de Fernando Pessoa misturado com o seu próprio
sentir poético. Nasce “sentir(me) pessoa” um conjunto de imagens que esteve
patente ao público na Associação de Artes Plásticas de Campo Maior, no Quartel
da Atalaia, em Tavira, na Galeria Margem, em Faro, entre outros locais.
Em 2010 inicia o “Projeto
Íris Vana”, (de foro literário mas que se manifesta em diversos formatos), com a
exposição de pintura de Laura Matamouros.
Entrevista com Paula Ferro realizada por Paulo Moreno
no Jornal diariOnline - Região Sul em Dezembro de 2016
a propósito da exposição de fotografia "Rastos de Jornada".
no Jornal diariOnline - Região Sul em Dezembro de 2016
a propósito da exposição de fotografia "Rastos de Jornada".
A empatia acresce sempre à nossa humanidade
Rastos
de Jornada. Porquê este título?
Porque o meu percurso em
termos de fotografia tem sido uma contínua jornada. A exposição que se encontra
patente até dia 30 de dezembro no Arquivo Histórico António Rosa Mendes é uma
retrospetiva e contém fotos dos momentos mais significativos do meu percurso na
fotografia como forma de expressão artística.
Estás
a fechar, aqui, um ciclo?
Sim, fecha-se um ciclo e
abre-se outro, como sempre, com a foto intitulada “Polis”. Mas nesta exposição
estão pontuados vários ciclos. As fotos viradas a sépia encontram-se aqui três.
Duas pontuam a exploração da sombra nas ondas do mar e uma outra, “Interseccionismo
na Álvaro de Campos”, representa o auge da fase sépia e abre um outro ciclo, ainda
mais intimista, em que o meu olhar se detém só sobre os lagos da Biblioteca
Municipal de Tavira. Aí, encontro-me com o poeta da minha eleição, Fernando
Pessoa, numa busca que durou mais de um ano, em pedaços de água acorrentada mas
que, não obstante a sua prisão, se movimentam e contêm vida própria. O resultado
dessa fase foi apresentado em vários locais como “sentir(me) pessoa” e está
pontuado em “Rastos de Jornada” com dois dípticos e um tríptico. Este conjunto
de fotos “conta” como da mancha que se desconstrói, se viaja pela interioridade
e se regressa à reconstrução.
Depois vem outra fase,
resultante de um desafio criado por Miguel Proença para “Paisagem Estranha
Entranha”, uma exposição coletiva que inaugurou na Casa das Artes de Tavira, em
2012, com a sua curadoria. O Miguel puxou-me o olhar para o movimento do vento
e para os campos, isso abanou-me, arrancou-me das profundezas da interioridade
e abriu-me outros horizontes para o desejo que estimula o olhar. Em “Rastos de
Jornada” duas fotos pontuam esta fase.
A seguir o olhar salta do
campo e pousa na comunidade e o alvo são os instantes em que vários mundos coexistem
e sobrevivem… Nesta mostra encontram-se duas fotos deste ciclo, uma que abre e
a outra que fecha a exposição.
Muito
bem. Dás muita importância à técnica fotográfica?
Não, não dou. Ou melhor, dou
a importância necessária para usar a máquina e tirar dela o que preciso. Não
sou como um Jorge Côrte-Real, não tenho a destreza que ele e outros fotógrafos
têm a manejar a máquina… Admiro-os mas não sou assim… e depois, aborrece-me
mudar de máquina.
As máquinas não me fascinam,
o que me fascina é o mundo e cada um dos bocadinhos dele, seja o mundo externo,
seja o interno e, como tal, o que tenho vindo a trabalhar sempre é o olhar.
Acho que o que me conduziu à
fotografia como suporte de expressão criativa foi a pintora frustrada. Adoro desenhar
e pintar, mas para se desenhar e/ou pintar bem não se pode ser um pintor de
fim-de-semana. É preciso pintar e desenhar continuamente.
Mas depois também gosto
muito de escrever, de lidar com plantas, de pesquisar, de… fazer muitas outras
coisas, e o meu gostar de pintar não consegue saciar-me de tudo o resto, logo, não
tenho tempo para ser uma boa pintora.
E
então?
Pois!... Quando descobri isso,
embateu em mim um certo vazio e, dei comigo, de máquina em punho, em busca das
pinturas do Criador, ou seja, das pinturas que já estão impressas na Natureza,
no mundo circundante. Comecei pela água, pelos reflexos da Ria Formosa, do Mar,
do Gilão e do Sécua. Passei depois a ser mais interventiva na construção da “foto-pintura”
quando passei a criar cenários com a minha sombra e com a sombra de objetos.
Depois retirei-me de cena e passei a deter o olhar apenas no exterior para
falar do interior. Mais tarde saltei para o campo e aí sim, a máquina passou a
ser mais importante porque um desafio era criar foco na distância, desfocando o
que está próximo e o outro desafio era captar o movimento.
É a fase em que me soube bem
mexer com outras potencialidades da máquina fotográfica mas isso foi-me
solicitado pelo que queria expressar.
Imagem
em movimento, não?!...
Sim, essa é uma outra
exploração da imagem que comecei a fazer em 2011 e que é criar vídeos a partir
de fotografias. O último que fiz chama-se “estilhaço de um entardecer”, uma
forma de dizer adeus ao Leif Lonne, que explora uma técnica muito semelhante à
que ele e a Sofia Trincão vinham a usar em vídeo e a que deram o nome de
“camara paint”. As fotografias que compõem este vídeo integram nitidamente aprendizagens
feitas nessa fase de explorar mais as capacidades da máquina.
A nível de trabalho digital
o que faço é muito pouco. Gosto da foto crua. Salvo as viragens a sépia, quanto
muito posso dar um pouco mais de contraste, mais ou menos luz, apenas isso.
Mas…
este é o teu único projeto artístico?
Não. Este é um dos caminhos
da minha expressão artística. (sorriso)
Acho que sou essencialmente
escritora. Em 2008 terminei um livro que ainda não foi publicado, mas existe. Chama-se
“Verde Pingado de Fresco” e é um marco no meu modo de estar nas metas, nos
focos e na prática artística. É a partir de aí que se definem certos caminhos
na fotografia e é aí que começa a revelar-se um outro projeto, o “Projeto Íris
Vana” que é literário embora se recorra de outros suportes. É um projeto
dinâmico e já mudou de nome, agora chama-se apenas “Malicadar” porque o romance
já se começou a manifestar.
Íris Vana é uma escritora e
é apenas isso. Ela e a sua obra coincidem, são uma e a mesma coisa. A Íris Vana
é o seu grande romance, Malicadar, que se começa a manifestar em 2010 através
de uma exposição de pintura de Laura Matamouros no Ki-Sabor, em Santa Luzia,
cuja inauguração constou de um jantar com cerca de 50 pessoas, conteve momentos
de dança com Bruna Félix e uma performance improvisada devido ao
desaparecimento da pintora.
Laura Matamouros é uma
pintora de Malicadar, um local que contém uma cidade com o mesmo nome, uma
aldeia piscatória que se chama S. Vicente e uma aldeia de interior que se chama
Atégina, e contém muitos outros lugares. Nesses lugares vivem pessoas. A Laura
Matamouros é uma delas e veio a Santa Luzia apresentar pessoas da sua terra
através das suas pinturas.
Aqui temos o primeiro grito
deste romance. Tudo começa aqui. O segundo passo deste projeto foi mais um momento
performativo, “estilhaços de romance”, a partir dos quadros de Laura Matamouros,
na “V Palavra Ibérica (Arma Palavra) – Encontro de Escritores Algarvios e
Andaluzes”, em 2011, que constou da apresentação das personagens do romance
através das pinturas e, oralmente, a história de cada uma delas ia sendo
revelada.
Segue-se, em 2012, em Gent,
na Bélgica, o mesmo tipo de performance mas a partir de fotografias das
imagens.
Em 2015, o quarto momento,
acontece na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, integrado na Maré de Contos.
Desta vez com uma equipa de oito leitores, e aí começaram a ser revelados
escritores de Malicadar que nos vão transmitindo o romance em forma de
antologia cujos textos foram escolhidos à laia de “em busca do tempo perdido”
de Marcel Proust.
E claro que a Íris Vana /
Malicadar vão ganhando forma enquanto o romance se vai desenvolvendo no
interior de si próprio. Decerto que brevemente Malicadar alvitrará novo momento
certo para desvelar mais um pouco das tramas que se desdobram nas suas
entranhas.
A
fotografia é um caminho separado?
É e não é. Em mim, tudo se
interliga e se conjuga cá dentro. A fotografia que faço não é só de expressão
artística. Gosto de imagens. Gosto de fazer paisagem, adoro fazer retrato:
gravar a essência de uma pessoa pelo instante de expressão que se lhe captura do
rosto. E adoro reportagem que para além de exigir muitas outras coisas, nos
coloca o grande desafio de ter de apanhar “aquele momento” em que várias
expressões em movimento se manifestam em simultâneo.
Passo a vida a fazer
reportagens. E, se calhar, essa contínua reportagem que faço da vida tem sido
muito importante para a organização do olhar que, em determinado instante, e em
separado de tudo o resto, se expressa mais criativamente através de bocados de
mundo que optou por segurar.
É que, tal como para se
fazer boas composições em desenho tem que se passar a vida a rabiscar, para se
fazer boas composições em fotografia também é preciso passar a vida a
reenquadrar o olhar.
E quanto à fotografia como
expressão artística ser um caminho à parte nas artes, pois… nunca se sabe se a
Paula Ferro fotógrafa não será uma personagem de Malicadar que se antecipou ao
romance.
Já
trabalhaste em curadoria?
Sim. Fiz alguns trabalhos
nesse sentido mas a minha primeira curadoria a sério foi nas comemorações dos
25 anos da Casa das Artes de Tavira.
Havia um tema para todas as
exposições, em torno da Casa como espaço que se habita e onde acontecem pedaços
da vida. A partir desse tema, nós tínhamos que criar o desafio que colocaríamos
aos artistas. Convidei três tavirenses: a Margarida Santos que tem um desenho
fortíssimo, visceral mesmo, o Miguel Andrade, um fotógrafo incontornável em
Tavira, e a Patrícia Gonçalves que estava a desenvolver um trabalho muito
interessante na exploração da luz. Coloquei-lhes o desafio “Metamorfose da
Habitabilidade”, ou seja, como é que se habita num mundo em permanente
transformação e que cada vez se manifesta de modo mais acelerado? As respostas
foram muito interessantes e conseguimos que existisse um bom diálogo entre elas
e também uma complementaridade. Foi uma exposição bastante visitada. Acho que
todos ficámos contentes com o trabalho que realizámos.
Gosto de trabalhar com artistas
durante o seu processo criativo e em curadoria é aí que está o foco. A
proximidade torna-se muito intensa. Nesta exposição lembro-me bem do processo
da Margarida Santos. Foi tudo muito forte porque fui acompanhando os desenhos a
romperem, a crescerem, a berrarem… e fui assistindo às emoções da artista, as
suas guerreias internas, as questões que colocava ao seu trabalho e que este
lhe colocava a ela, os caminhos que chegavam e como ela os escolhia… foi muito
enriquecedor e sou-lhe grata por essa partilha tão genuína.
Em curadoria, essa quase
participação no trabalho artístico do outro é muito enriquecedora e desafiadora
também. Mas eu gosto de trabalhar com artistas e de me entranhar um pouco no
seu sentir enquanto criam e enquanto laboram, seja em curadoria ou fora dela. A
empatia, o tentar sentir o sentir do outro e com o outro, acresce sempre à
nossa própria humanidade.
No
teu entendimento, qual é o papel do jornalismo?
Primeiro que tudo, para mim é uma
espécie de bichinho, um caruncho qualquer que não me dá sossego se estou parada
e também não mo dá quando pratico jornalismo. É uma espécie de desassossego
permanente.
Mas, para além disso é uma
grande fonte de aprendizagens e de exercícios: o exercício da imparcialidade e
do rigor, o exercício da escrita por que qualquer escritor deve passar, o
exercício da superação de nós mesmos para cumprir timings e chegar aos factos, às verdades e às pessoas.
Tem sido uma grande fonte de
aprendizagens. Por exemplo, entrei para o jornalismo de cultura,
especializando-me nas artes. Isso permitiu-me entrevistar artistas com
percurso, maturidade e volume como Bartolomeu Cid dos Santos, Pedro Cabrita
Reis, António Inverno, Júlio Pomar,… as entrevistas eram aulas que eu recebia
continuamente e dadas por professores incontestáveis.
Agora faço um jornalismo
mais social e sinto que o exercício do jornalismo, em si, não só o que pratico
mas todo ele, precisa de ser repensado independentemente do modo como se nos apresenta:
impresso, on-line, rádio, televisão…
É necessário regressar aos
valores originais, aos princípios éticos. Mas, tal como diz Karam em “Jornalismo,
ética e liberdade”, a ética jornalística não se reduz à normatização, a ética jornalística
faz parte do processo interior do jornalista e este processo deve refletir-se
no seu trabalho quotidiano e deve estar relacionado com o mundo social.
Estás
a querer dizer que o jornalismo precisa ser repensado?
Claro. Sempre. Por todos. E,
pelo menos para mim, para repensar o jornalismo, nada como estar em contacto
direto com ele e praticá-lo em processo autocrítico. A práxis do pensar sobre a
práxis do jornalismo.
O jornalismo para mim não se
manifesta só através da escrita, ele está também na fotografia, na rádio e no vídeo
mas todos estes formatos têm de ter por base os mesmos princípios de rigor e
ética para que a comunicação / informação sejam o mais factual e isentas
possível.
É que, o jornalismo não é a
imprensa ou a radio! É sim, um conjunto de técnicas e de saberes, na arte de
comunicar de forma ética… É uma maneira de se difundir informação útil, uma
forma de alertar a sociedade e de se denunciar as injustiças, as questões
sociais, etc....
Antigamente o jornalismo era
considerado um aliado da democracia, era uma espécie de “balança” da justiça social
e farei os possíveis para que continue a sê-lo.
Neste momento tenho vindo a
praticá-lo também como uma forma de impulsionar o exercício da cidadania.
E
o associativismo?
O associativismo é um degrau
em direção ao futuro que me parece apontar para a necessidade da comunidade
autêntica, onde cada cidadão tem um lugar e por isso naturalmente se manifesta
e se expressa porque naturalmente participa do mundo de todos.
Estamos todos a vir de uma
grande viagem de exclusão, muitas vezes até voluntária, estamos a vir da não
participação nas decisões globais mas que nos dizem respeito a todos, a toda a
sociedade e também individualmente.
Parece que está a acontecer
um despertar e o descontentamento está no ar. As pessoas estão a começar a
sentir a urgência em exercer os seus direitos de participantes do mundo e já reclamam
a sua necessidade de exprimirem o que querem e o que não querem nas suas vidas.
O associativismo é uma
grande via para o exercício da cidadania.
Ninguém cria a partir do
nada. Todos somos seres situados, mesmo os mais nómadas, e o estímulo da
criatividade, o que nos incita para a expressão artística, é o mundo vivido e
experienciado por nós. É nele que mora tudo, é lá que moram as sensações, as
emoções, as questões e os desafios que afoitam a criatividade e a necessidade
de nos expressarmos artisticamente.
Decerto que não é por mero
acaso que quando a minha vida está entregue ao associativismo, o jornalismo que
faço é mais social, o projeto literário incide numa comunidade povoada onde as
pessoas interagem e que a ponte para o futuro do olhar fotográfico se situe numa
foto chamada “polis”.
O nosso universo é
determinado pelo desenrolar da praxis da nossa vida e esta está recheada de
multiplicidades “inter-relacionadas” que se condicionam umas às outras. O meu
olhar artístico tem como cenários o que existe dentro do meu universo vivencial
e, neste momento, tudo em mim está muito envolvido com as problemáticas da
comunidade, por isso, é aí que a criatividade está a encontrar as solicitações
para se expressar.
1 comentário:
Mi potete contattare mio e mail angelo-carlino@virgilio.it obligado
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