domingo, 7 de setembro de 2008

Fotografia e comentário - sobreposições 1

Sobreposições da realidade
ou
mistura de realidades

Interseccionismo pessoano (?)

Outro dos temas que me assalta a atenção é o das sobreposições da realidade, sobretudo urbana. Na natureza as sobreposições de realidades, com esta evidencia, é muito mais simples. Até agora tenho-a explorado sobretudo na vertente dos reflexos na água.
Não me interessam, pelo menos de momento, as manipulações de imagem a este nível. O que exploro no photoshop são outras coisas.
Interessam-me as sobreposições, mas as da realidade que nos circunda, as que estão por aí, à solta, paletes delas, por tudo quanto é canto de cidade...

As montras são uma fonte inesgotável de cenários de realidades misturadas. Nas próximas três fotos, insiro-me na imagem.
Assim compreende-se melhor do que falo.





A mesma montra é fonte de diversos tipos de cenários, conforme nos posicionamos e apontamos a camara.




Sobretudo quando encontramos uma montra grande num local movimentado, que é o caso da desta loja de mobílias, mesmo rente a uma estrada onde os carros estão sempre a passar.




Os cenários estão sempre a alterar-se porque o próprio fluir do transito traz novas tonalidades e enquadramentos às imagens que começam a transformar-se diante do nosso olhar.






Quando nos cansamos de explorar uma zona, basta movimentarmo-nos um nadinha e surgem de imediato novos polos de interesse.

Aqui o que pretendo mostrar é a exploração do olhar.
Isto, no fundo, não passa de um exercício de observação, de observação do real que nos circunda, para além do que é habitual observar.
É aqui que digo que não precisamos de televisão. De televisão no sentido esteriotipado da mesma. No sentido, no fundo, do modo como vulgarmente é usada, a televisão e outros orgãos de comunicação, no sentido de "encarneirar" o modo de olhar.
Trocas de experiencias e de posicionamentos perante a realidade devem, em meu entender, ser sempre bem-vindas. Partilhar experiencias é sempre enriquecedor. Mas para as partilhar é preciso tê-las, é preciso vivenciar, experienciar, sentir na pele, expor-se à acção que a aprendizagem do mundo implica.

É muito importante que cada um se posicione, no instante em que se encontra, e se vivencie.
É só isto!

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