Fotos tiradas em 2006 e 2007.
Paisagem é um tema que há muito me chama a atenção. A natureza é tão bela que não me canso de me extasiar com ela e de a tentar guardar dentro da alma, manter acesa a prova da sua majestade e beleza.
Um local onde não me canso de estar a sentir e a olhar é toda a língua de areia que dá colo à Ria Formosa na zona de Tavira. Pela sua fácil acessibilidade, a Praia do Barril é um dos meus locais que visito com mais frequência.
Começou a nascer em mim a noção de intemporalidade na minha observação da paisagem.
Comecei a tentar evidenciá-la nos momentos que registava e cheguei ao tom sépia.
As fotos que se seguem mostram a paisagem que já não consegue passar sem ter a marca do humano.
A foto que se segue acontece-me numa busca de tentar ver o que é o tempo.
Entendê-lo é tarefa que ao longo da história muitos tentaram e parece-me que no fundo ninguém conseguiu, mas,
senti-lo...
já que vivo dentro dele
percebê-lo no sentido sobretudo da percepção.
O passado, para onde vai o presente mas de onde já vem tudo o que está à vista...
A vivência do mar com a naturalidade de quem está em casa.
As marcas que ficam no mundo natural, integrando-o, sendo, no entanto, mais uma marca da existência do homem com história.
O objecto que ganha vida própria e marcas do percurso da vida dentro dele,
tornando-o expressivo,
animal.
Os barcos,
a lida da vida de quem aconteceu junto ao mar e com ele é obrigado a partilhar o desenrolar do seu dia a dia.
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