A entrevista que divulgaremos na próxima semana foi feita a um jovem que habita um corpo já gasto. A um homem cujos pincéis percorreram milhares de telas que retratam milhares de paisagens e locais diferentes espalhados pelo mundo. Muitas delas são portuguesas e dentro destas, uma grande parte são do Algarve.
Há vários anos que passa o Inverno em Tavira, cidade que conheceu e pintou pela primeira vez em 1971. Pinta-a de uma forma compulsiva e as telas que a representam encontram-se em várias colecções públicas e privadas espalhadas por vários continentes.
Referimo-nos a Jason Berger, um jovem americano de 82 anos. Dedica-se à pintura desde os 13. Estudou na Universidade de Alabama e na Escola do Museu of Fine Arts de Bóston. Foi aluno de Ossip Zadkine em Paris. Ensinou em algumas das melhores escolas e institutos de arte de Bóston e de Nova Iorque. Trabalhos seus figuram em museus como o Museu Guggenheim e no Museu de Arte Moderna, ambos de Nova Iorque.
Jason Berger foi influenciado por várias correntes como o impressionismo, o expressionismo alemão, o expressionismo abstracto americano, o fauvismo e o cubismo. Juntamente com Marilyn Powers fundou um novo movimento, o Direct Vision. Pinta o mundo à sua volta tal como o vê, directamente a partir da natureza. O que o atrai é uma certa combinação de formas e cores, a atmosfera.
Nos “entretantos” da pintura toca saxofone. Adora jazz e “tal como o jazz, as suas obras são aqueles instantes raros, selvagens e melódicos nos quais um momento calmo e fugaz não pára mas antes parece afundar-se em si mesmo, quando as cores, a luz, os cheiros, os sons e o próprio espaço explodem de energia e crueza, totalmente absorvidos pela celebração da alegria de viver.” (Jim Edwards, Director do The Salt Lake Art Center - EUA).
Neste momento estão a ser organizadas exposições de Jason Berger: quarto nos Estados Unidos da América (Portland, Bóston e Santa Fé) e outra em Portugal (Lisboa).
Em Tavira costumamos vê-lo com a sua boina preta, como uma personagem arrancada de um romance, a pintar, ao livre, a pintar, sempre a pintar… o rio, os barcos, os cafés, os movimentos que ficam das gentes sem que se detenha na figura humana.
Jason Berger “fez-nos espécie”, aguçou-nos a curiosidade. Por isso o procurámos para tentar saber o que fez e o que faz, por onde andou, o que viveu, porque pinta tanto o Algarve, porque o vemos tantas vezes a pintar Tavira, em suma, quem é.
Perdoem-nos os leitores a quebra do ritmo das entrevistas mas decerto que irão gostar de conhecer connosco esta personagem cheia de cor, de vida, de musicalidade e que espalha por tanto lugar as nossas paisagens filtradas pelo seu olhar.
Texto e foto de Paula Ferro
Referimo-nos a Jason Berger, um jovem americano de 82 anos. Dedica-se à pintura desde os 13. Estudou na Universidade de Alabama e na Escola do Museu of Fine Arts de Bóston. Foi aluno de Ossip Zadkine em Paris. Ensinou em algumas das melhores escolas e institutos de arte de Bóston e de Nova Iorque. Trabalhos seus figuram em museus como o Museu Guggenheim e no Museu de Arte Moderna, ambos de Nova Iorque.
Jason Berger foi influenciado por várias correntes como o impressionismo, o expressionismo alemão, o expressionismo abstracto americano, o fauvismo e o cubismo. Juntamente com Marilyn Powers fundou um novo movimento, o Direct Vision. Pinta o mundo à sua volta tal como o vê, directamente a partir da natureza. O que o atrai é uma certa combinação de formas e cores, a atmosfera.
Nos “entretantos” da pintura toca saxofone. Adora jazz e “tal como o jazz, as suas obras são aqueles instantes raros, selvagens e melódicos nos quais um momento calmo e fugaz não pára mas antes parece afundar-se em si mesmo, quando as cores, a luz, os cheiros, os sons e o próprio espaço explodem de energia e crueza, totalmente absorvidos pela celebração da alegria de viver.” (Jim Edwards, Director do The Salt Lake Art Center - EUA).
Neste momento estão a ser organizadas exposições de Jason Berger: quarto nos Estados Unidos da América (Portland, Bóston e Santa Fé) e outra em Portugal (Lisboa).
Em Tavira costumamos vê-lo com a sua boina preta, como uma personagem arrancada de um romance, a pintar, ao livre, a pintar, sempre a pintar… o rio, os barcos, os cafés, os movimentos que ficam das gentes sem que se detenha na figura humana.
Jason Berger “fez-nos espécie”, aguçou-nos a curiosidade. Por isso o procurámos para tentar saber o que fez e o que faz, por onde andou, o que viveu, porque pinta tanto o Algarve, porque o vemos tantas vezes a pintar Tavira, em suma, quem é.
Perdoem-nos os leitores a quebra do ritmo das entrevistas mas decerto que irão gostar de conhecer connosco esta personagem cheia de cor, de vida, de musicalidade e que espalha por tanto lugar as nossas paisagens filtradas pelo seu olhar.
Texto e foto de Paula Ferro
1 comentário:
Paula,
Tenho andado à procura do Jason e não consigo apanhá-lo. Fui o mês passado bater-lhe à porta e nada. Tento ligar e ninguém atende. Será que lhe aconteceu algo?
Rui
artmeetsbacchus.blogspot.com
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